domingo, 24 de abril de 2011

Logomarca






         A logomarca da  Academia  Jurídica  de  Letras  de  Juiz  de  Fora,  foi criada pelo Bacharel em Artes: Carlos Henrique Ventura Dutra, com a colaboração e sugestões do Advogado Renato Mattosinhos.
         O triângulo circunscrito, em vermelho, simboliza a Bandeira do Estado de Minas Gerais, com recuo aos idos da Inconfidência Mineira, do Mártir Tiradentes, o Alferes de Cavalaria Joaquim José da Silva Xavier, que propugnava por uma Nação e um povo livre: “Se todos quiserem, poderemos fazer do Brasil uma Grande Nação”.
         A silhueta de Themis, que tradicionalmente simboliza a Justiça, sugere uma mulher de meia idade, experiente e madura, sem os arroubos da juventude e distante das comodidades da velhice; sua túnica é singela; a venda branca atada por um laço de fita preta esvoaçante, pretende dar-lhe um toque de delicada feminilidade; a figura sugere o meio dos extremos da vida, a equidade simbolizada pela figura da balança, que representa a dosimetria e o equilíbrio das decisões dos Magistrados; ao seu lado, a espada que simboliza a força das decisões judiciais;
         Como indispensável ponto de apoio de todas as coisas, Themis está sobre um  livro; este substitui as tradicionais Tábuas da Lei e representa a Literatura, lembrando o esmero no uso e no emprego das palavras, o Vernáculo; sobre o livro encontra-se a balança, um dos mais tradicionais símbolos da Justiça; parece flutuar, para mostrar que a sua invenção e uso se perdem nas brumas do tempo desconhecendo-se a sua origem;
         A balança traduz a equidade e na posição em que se encontra quer dizer que não se sabe onde o equilíbrio teve início e nem onde terminará; sustém uma pena; esta representa o milagre da escrita, uma das maiores invenções da humanidade, embora historicamente recente, permitindo o registro dos acontecimentos, depois de milhões de anos da existência anônima da humanidade sobre a terra; o ligeiro desequilíbrio dos dois pratos da balança, provocado, ainda que por uma levíssima e quase fluídica pena, quer enfatizar a importância e o peso da escrita e por extensão, das ideologias na vida e no comportamento humano;
         O dístico em Latim, língua morta, mas tradição dos obreiros da Justiça:  “Jus  Gratia  Juris”,  que se traduz por:  “O  Direito  pelo  Direito”,  diz do empenho do Profissional do Direito e daqueles que amam a Literatura e o encanto das palavras, do amor e da retidão de um e de outro, irmanados: o Direito e a Palavra, a Palavra e o Direito.
         As páginas do livro estão em branco sob a pena, ambas virgens de idéias e de escrita, sugerindo o campo fértil, a eira humificada e propícia à semeada esperando a dadivosa semente do saber e da criação literária; e como o campo de trigo que fornece o pão do amanhã, a sugestão é de que a produção literária propicie a indispensável e divina seiva, fluídico para o espírito e para a alma, de modo a elevar a espécie humana aos píncaros da perfeição, que é o escopo final de sua existência terrena.

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